Pessoas ingratas não evoluem espiritualmente e nem percebem as graças de Deus

Gosto de compartilhar minhas falhas e limitações nos quadrinhos para conversar com as pessoas nas redes sociais e também gosto de fazer perguntas para que meditemos juntos. Ao ler o Livro da Vida, de Santa Teresa d’Ávila, percebi que a Santa se acusa de maneira bem dura em faltas bem menores que as que eu cometo todos os dias. Essa Doutora da Igreja, ao perceber de onde Deus a tirou, nunca mais parou de louvar, adorar e agradecer Aquele que é o único digno de todo o nosso afeto.

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A gratidão nos permite ir além

Todo milésimo de segundo é um milagre de Deus em nossa vida. Nenhum tempo de nossa história é ruim. Mesmo nos momentos mais difíceis da vida, o tempo concedido por Deus é uma bênção, e de um mal Ele pode tirar um bem.

Nas noites escuras, descobrimos a luz! Às vezes, dizemos que esta ou aquela época da nossa vida foi melhor ou pior. A verdade é que todas as épocas são boas, pois, em todos os momentos, a mão de Deus está presente. Em todas as situações, a misericórdia divina nos sustenta. E quanto mais tomamos consciência desta graça, mais somos movidos e tocados no íntimo do nosso coração, para dizermos e cantarmos: “obrigado, Senhor”!

Quando percebemos o que o Senhor faz por nós a cada dia, quando olhamos para trás e nos damos conta de que tudo contribuiu para o nosso crescimento, quando sentimos a presença de Deus em tudo isso, aprendemos a ser gratos. E através da gratidão, temos maior consciência da ação de Deus e abrimos as portas para novas e extraordinárias graças.

A vida é um verdadeiro conjunto de mistério, milagre e graça. Pois, ao começarmos a observar a beleza e a perfeição da natureza humana, é impressionante notar como Deus pensou em cada detalhe para criar a humanidade. Faz-nos bem contemplar a criação, sobretudo a do homem e da mulher. Observemos os sentidos, a corrente sanguínea, as juntas, os ossos, os nervos, os membros, os órgãos vitais; enfim, tudo é digno de admiração.

É mais admirável ainda porque Deus ficou encantado com a obra d’Ele e “viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31). Nós somos imagem e semelhança do Criador. E se Ele se admirou, nós também somos chamados à contemplação e admiração da obra divina. Nessa contemplação, somos conduzidos ao respeito e ao cuidado, e esta imitação do Senhor nos impulsionará sempre na direção da defesa da vida em toda e qualquer circunstância.

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